Zé Carioca


Em 1941, Walt Disney visitou alguns países América Latina a pedido do governo americano, cujo objetivo era reforçar a política de boa vizinhança. No Rio de Janeiro, Disney conheceu o cartunista J. Carlos, que foi inspiração para a criação do personagem Zé Carioca. 

O papagaio brasileiro foi criado para o filme "Alô, amigos", de 1942. Era um desenho que mostrava a América do Sul e o Zé guiou o Pato Donald em terras brasileiras. 

Ao som de Aquarela do Brasil e Tico-tico no fubá, eles beberam cachaça e sambaram juntos, e o filme popularizou as duas músicas no exterior. Três anos depois, o papagaio apareceu novamente em "Você já foi à Bahia?"

Disney escolheu o papagaio porque era a ave que mais se aproximava do estilo de vida do brasileiro: despretensioso, safo, feliz e até meio preguiçoso. Herivelto Martins foi a inspiração para o rosto.
 O gingado e os gestos do Zé Carioca foram inspirados em um paulista, Zezinho, violonista que trabalhava com Carmen Miranda, era da cidade de Jundiaí (SP).
 A primeira aparição do personagem em uma história de quadrinhos brasileira aconteceu em 1950. Ele apareceu na capa de "O Pato Donald" #1, que marcou a estreia da editoria Abril.
 Em 1964, Zé Carioca ganhou uma revista própria. O curioso é que a primeira edição a chegar nas bancas foi a de número 479. Isso porque a editora Abril decidiu alternar a numeração da revista com a do Pato Donald.
Depois de um tempo, as revistas passaram a ser independentes. Mesmo assim, a número 1 do Zé Carioca nunca chegou a ser lançada.
 Na década de 60, não havia mais material do Zé Carioca para ser publicado. Isso fez com que a editora Abril adaptasse histórias do Mickey e do Pateta com o personagem brasileiro. Nelas, alguns personagens eram substituídos pelo Zé Carioca.
 Foi nesse mesmo esquema que surgiram Zico e Zeca, sobrinhos do Zé Carioca. Eles substituíram Huguinho, Zezinho e Luizinho. 
 O time de futebol de Zé Carioca se chamava Vila Xurupita Futebol Clube. Sua sala de troféus não tinha nada, além de teias de aranha.
 Nos anos 70, quando a revista passou por uma reformulação para adquirir uma identidade mais brasileira, seus exemplares chegaram a vender mais que os do Pato Donald.
 Em abril de 2000, o Zé Carioca ganhou uma graphic novel de 84 páginas, com o título "Zé Carioca - especial Brasil 500 anos". Ele era o único personagem da Disney que ainda não tinha uma.